A “política de não mexer em time que está ganhando” pertence ao passado. Os clientes atuais responsabilizam as empresas por seu impacto ambiental e social e esperam que as empresas contribuam positivamente para a sociedade de forma mais ampla e coletiva, além dos muros corporativos.

O comportamento do consumidor está mudando rapidamente e, embora os clientes olhassem para marcas grandes e estabelecidas como avalistas de qualidade, pequenas empresas e produtos locais são os grandes modificadores de padrões, regras sociais e panorama cultural contemporâneo.

Enquanto as grandes empresas têm a vantagem de contar com recursos e grandes equipes de sustentabilidade para elaborar políticas e diretrizes, desenvolver produtos verdes e firmar acordos de alto nível. As pequenas empresas tendem a ter processos de tomada de decisão mais rápidos, menos burocráticos, mais flexíveis e às vezes estão mais próximos do consumidor.

Empreendedores de pequenas empresas costumam ter a vantagem de ser locais, com o histórico que o consumidor pode se identificar. Ser sustentável apenas o torna melhor.

Margens menores significam que uma pequena empresa pode economizar muito por meio de mudanças relativamente simples, como mudar para recibos digitais, mudar para energia renovável, usar material reciclado, melhorar o gerenciamento de resíduos entre outros quesitos de sustentabilidade. Ajustes que podem fazer uma diferença financeira significativa para uma pequena empresa, enquanto reduzem suas emissões de carbono, e por consequência alçam às alturas o reconhecimento da marca com um público cada vez mais conscientizado.

Mudar o comportamento do consumidor pode parecer desafiador, mas traz oportunidades de simplificação, eficiência de custos, inovação e aprimoramento da marca. Como resultado, é provável que surjam novos produtos e formas de fazer negócios e, como resultante, os negócios se tornam mais resilientes à medida que os requisitos regulatórios tendem a aumentar no futuro.

As perguntas que as pequenas e médias empresas podem querer se fazer são: Quais são as tendências que afetam nossos negócios? Como podemos tornar nossa cadeia de suprimentos mais integra escolhendo um caminho mais sustentável? Como podemos reutilizar ou redesenhar nossos produtos e serviços para garantir que a demanda por eles? Como podemos garantir que nossa cadeia de suprimentos seja sustentável? Existe a possibilidade de se tornar mais eficiente reutilizando material, olhar para fontes alternativas, renegociar contratos com fornecedores e, simultaneamente, fortalecer a imagem de sustentabilidade da nossa marca?

As pequenas empresas e empreendedores, que têm uma agenda de sustentabilidade clara ou que pretendem evitar desgaste com o impacto social ou ambiental com os seus produtos e serviços, tem maior probabilidade de atrair investidores e clientes orientados para a sustentabilidade.

Mostrar que uma empresa, grande, média ou pequena, se esforça para causar um impacto positivo, pode atrair investidores potentes voltados para a sustentabilidade. Porém, mesmo que uma pequena empresa não busque causar um impacto estrondoso, cuidar do ESG reduz o perfil de risco e é uma vantagem quando os investidores e clientes revisam a empresa ou quando a empresa deve negociar financiamento em algum momento.

Integrar a ESG ao modelo de negócios de uma empresa é usar a inteligência de uma perspectiva de negócios, meio ambiente, recursos humanos e sociais. Mostrando força, firmeza e ética para o mercado. 

 

Paulo Roizman

 

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